No final de 2015 comprovar-se-á um reforçamento dos ateliês OPS (O Português Simples) a respeito do ano anterior. Isto vai ser possível graças, sobretudo, à renovação do convénio assinado entre a Associaçom Galega da Língua (AGAL) e a Deputação Provincial de Lugo. Mercê a esta colaboração, o organismo provincial destina 9.000€ para os estabelecimentos de ensino da província poderem contratar uma atividade formativa de primeiro nível, afirmação que se comprova pelo sucesso alcançado nos mais de quatro anos de experiência.
No primeiro ano de vida dos OPS!, 2011, foram ministrados 80 ateliês em toda a Galiza, os quais chegaram a mais de 2.000 alunos e alunas. No remate de 2015, e só na província e Lugo, serão no total 55 os ateliês ministrados, o que se traduz … num incremento de quase 33% a respeito de 2014.
Quanto ao resto da Galiza, neste 2015 já foram ministrados 19 ateliês, todos eles na província de Ponte Vedra. Desta maneira, no final de ano terão sido lecionados, no mínimo, 74 OPS!, cifra que ainda se pode incrementar porque nos encontramos no mês de junho. Da AGAL salientam muito positivamente estes dados, porque apesar do recrudescimento da crise económica, é possível chegar a final de 2015 com uma cifra de impartição de ateliês muito similar à de há quatro anos.
Investimento contra a crise
O ateliê Ops! —anteriormente, LP4— é uma ideia original de Carlos Figueiras, adaptada e desenvolvida por Valentim Fagim. Nasceu para pôr em valor a língua da Galiza, fazendo ver a sua potencialidade e contrabalançando os preconceitos que a subvalorizam. Nasceu porque o português é a sexta língua mais falada no mundo, oficial em quatro continentes e oito países, sendo um deles o Brasil, uma potência emergente. Nasceu porque o plurilinguismo vai ter cada vez mais valor, promovido pela globalização e as instituições políticas (a começar pela União Europeia). Finalmente, «nasceu porque é em épocas de crise quando é mais preciso afinar onde vamos investir os nossos recursos e depositar a nossa atenção. Afinal, quer uns, quer outros, são limitados», assinala Fagim.
Valor na dinamização linguística
Segundo a professora Anabel Novo, que pôde ver em direto o funcionamento dos OPS! no seu estabelecimento do ensino em Lousame, este ateliê mostra «as caras do português», portanto «mostrou-nos a potencialidade natural do galego, língua-chave para atravessar a porta que temos na frente, dar só um passo, e entrar num mundo de 250 milhões de pessoas com quem podemos comunicar». Mais além, o OPS! «acerta no alvo do objetivo principal de qualquer Projeto de Dinamização Linguística», pois «reforça a dimensão comunicativa do galego em relação com contextos vivos e internacionais e ajuda as gerações mais novas a perceberem a utilidade da língua galega».
Da mesma opinião é a professora Ana Saa, em cujo establecimento do ensino em Vigo pôde comprovar a reação do alunado a um OPS!. «O primeiro minuto adoptam cara de susto. Aos três minutos os seus ouvidos já estám afeitos à nova fonética. E depois de 100 querem seguir aprendendo». No final do ateliê, a principal conclusão dos estudantes é que «o galego é útil».
Ateliês para todos os públicos
Embora o público principal dos ateliês OPS! são alunas e alunos do ensino secundário, tem havido já ateliês em primário e centros de formação profissional. Ainda, a pedido de concelhos e associações, a equipa dos OPS! tem lecionado ateliês para adultos —e qualquer pessoa interessada, em geral— em várias localidades do País.
+ Ligações relacionadas:
- Site web dos OPS!
- 100 minutos de contacto com o português [PGL, 11/05/2011]
- LP4 em Lousame [PGL, 04/02/2011]
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