Conselho da AGAL qualifica de «tragédia» o encerramento do diário ‘Galicia Hoxe’

PGL – Diante do anunciado encerramento do único diário galego, em galego e impresso em papel, o Conselho da Associaçom Galega da Língua (AGAL) manifesta a sua «profunda preocupaçom» e mais sincera solidariedade com todas e todos os profissionais afetados e que perdem agora o seu emprego.

O presidente da AGAL, Valentim R. Fagim, qualificou esta nova como «tremendamente negativa e preocupante», umha vez que «entre as razões que dá a empresa para tomar esta drástica medida coloca a falta de apoio institucional da administraçom galega». Fagim destacou também como «o Galicia Hoxe tem demostrado nos últimos anos um verdadeiro compromisso com a nossa língua, admitindo também a sua faceta internacional» tanto na focagem de conteúdos e informações, bem como «admitindo diferentes colaborações escritas na norma internacional do galego», entre as quais as do próprio presidente da AGAL.

Ainda, «com a queda do Galicia Hoxe nom apenas perdemos em pluralismo e liberdade de expresom, mas também perdemos umha das principais vias de difusom da cultura galega e da Lusofonia no nosso país», lamentou o presidente da AGAL.

O deserto mediático na Galiza

O Conselho da AGAL também quijo ter palavras de lembrança para os outros meios galegos e em galego, recentemente desaparecidos como é o caso do diário digital Vieiros, o semanário em papel A Nosa Terra e o jornal mensal em papel A Peneira, entre outros. Um panorama mediático cada vez mais desértico, no que apenas resistem no papel publicações como Novas da Galiza, Tempos Novos, De Luns a Venres, O Sil ou Terra Chá Xa, aos que encoraja a continuar com os projetos oferecendo todo o apoio da AGAL e a sua massa associativa.

Por último a diretiva da Associaçom manifestou também a enorme contradiçom existente entre o discurso oficial do governo galego, através da Secretaria Geral de Política Lingüística, e a realidade da língua, que se pode palpar nas ruas das nossas cidade, vilas e aldeias. É por isso que a AGAL reclama à Junta de Galiza e nomeadamente a Anxo Lorenzo que exerçam «como verdadeiro governo da Galiza» e «cumpram com o mandado estatutário sob o qual fôrom eleitos para, entre outras questons, defender e proteger a nossa língua e cultura».

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