PGL – O Conselho da Associaçom Galega da Língua (AGAL) rejeita a repetiçom do juízo contra Carlos Callón por instar o ex-juiz decano da Corunha a cumprir a legalidade. O presidente da AGAL, Miguel R. Penas, critica esta «insólita situaçom», e lembra que no anterior julgamento nem a fiscalia nem a juíza instrutora viram indícios de delito por parte do presidente da Mesa pola Normalización Lingüística.
Para o presidente da AGAL, Miguel R. Penas, «algo falha quando a justiça se dedica a julgar os que defendem o cumprimento da legalidade», e acrescenta que «situações como esta alimentam a crença de que a justiça nom é igual para todas as pessoas».
O motivo do julgamento contra Carlos Callón é ter criticado, em 2008, o uso de toponímia deturpada por parte da pessoa que na altura era juiz decano da Corunha, Antonio Fraga Mandián. A partir daí iniciou-se um longo processo judicial com múltiplos episódios que culminou com o juízo de novembro de 2012 e parecia ter finalizado com a sentença absolutória conhecida em janeiro deste ano.
Por esta razom, o Conselho da associaçom manifesta o seu apoio a Carlos Callón e deseja que a sentença seja pública o antes possível e, mais umha vez, em sentido favorável ao acusado. «Umha resoluçom deste caso em sentido contrário», afirma Penas, «seria negativa tanto para imagem da justiça como para todo o movimento de defesa da nossa língua».
Do Conselho da AGAL também apelam às autoridades políticas e judiciais para que «deixem de ver a nossa língua como um problema e comecem a participar das estratégias que promove a sociedade civil para procurar o aproveitamento das oportunidades que nos dá». A língua galega «é um bem de toda a cidadania e um forte elemento de unidade da nossa coletividade», insiste Penas, razom pola qual rejeita as tentativas de instrumentalizar o galego para dividir a sociedade.
Frente à divisom, o Conselho da AGAL aposta no galego como «fator multiplicador do bem-estar da cidadania galega», para o qual «cumpre aproveitar as oportunidades que nos abre a Lusofonia».
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