Vieiros entrevista o presidente da AGAL

PGL – O portal Vieiros publicou ontem umha vídeo-entrevista ao presidente da AGAL, Valentim R. Fagim. A situaçom da língua galega, os direitos civis das pessoas de prática reintegracionista ou a «filologizaçom» do debate normativo fôrom alguns dos pontos tratados na conversa.

Para Fagim, «nom é inteligente» a estratégia de «jogar a que o galego só se faga no âmbito da Espanha», referência implícita à dimensom internacional da língua galego-portuguesa. Nesta linha, perguntado sobre quando «abraçou o reintegracionismo», respondeu que um dia se encontrou na duche a cantar Eu sei que vou-te amar, de Caetano Veloso, «e digo “se eu canto isto é evidente que é a minha língua”».

Perguntado acerca da «guerra normativa» da década de ’80 do século passado e da sua repercussom sobre o processo normalizador, o presidente da AGAL responde que «houve umha série de pessoas que têm umha responsabilidade. Nom se chegou a um acordo porque umha das partes nom quijo ceder, e isso nom ajudou». Ao seu ver, houvo umha tentativa de «filologizar» a sociedade, mas isso «é absurdo», ao seu ver, porque «o tema da língua é muito simples: é para comunicar».

Fagim também se refere na entrevista ao potencial da internet na difusom e popularizaçom da proposta reintegracionista, porque as possibilidades «som espectaculares». Como exemplo, assinalou a recente criaçom da loja online Imperdível. «Isto está feito por nós. Nom temos qualquer tipo de barreira ou censura, e avançamos muito».

Outra das questões tratadas na conversa é a dos direitos civis das pessoas reintegracionistas. Valentim R. Fagim assinala o paradoxo que se dá entre umhas declarações feitas por Feijóo em que afirmava que o galego nos comunica com 200 milhões de pessoas, e a realidade mercê à qual as pessoas que escrevem «alho» em lugar de «allo» vem muitas vezes diminuídos os seus direitos.

A vídeo-entrevista finaliza com umha mensagem positiva acerca do rascunho do chamado Decreto do plurilingüismo, segundo o qual o galego verá reduzida a sua presença no âmbito educacional. Para Fagim, a proposta está a ter um efeito positivo no que tem a ver com que o espanholismo «tirou a máscara» e agora as organizações normalizadoras, entre as quais a AGAL, se vem obrigadas a falar mais entre si «e fazer tácticas conjuntas».




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