Luísa Cuevas Raposo: «Sei da existência da AGAL hai muitos anos mas realmente nom sei mui bem que é o que faz. Esta é a razom pola que me associei, para conhecê-la, aprender… saber mais.»

PGL- Luísa Cuevas é neo-falante, natural de Vigo mas leva 32 anos em Madrid. Agora reformada, gosta de viajar e chegou hai pouco duma viagem de Costa Rica.

És natural de Vigo, mas levas em Madrid 32 anos. Como é a situaçom dumha galegofalante em Madrid?

Todo o meu ambiente sabe que som galega, que me preocupo polo que acontece na minha terra, que apoio certos movimentos na Galiza e inclusive algum e alguma das minhas colegas estudárom galego. Nos primeiros anos da década de 90 um membro da AGAL deu um curso de galego reintegrado em Madrid ao qual asistírom companheiros meus.

É comum o caso de galegos e galegas que, no exterior, reparam mais na sua identidade. O teu caso nom é umha exceçom, pois nom?

Acho que nom é que repares mais na tua identidade mas que o vives de forma diferente.

Quando percebeste que o galego era mais do que te ensinaram na escola?

No meu tempo nom se estudava galego na escola. Eu cheguei ao galego por conciência política; o primeiro curso que figem foi nos primeiros anos da década de 70.

Na década de 80 tiveste umha aproximaçom ao reintegracionismo, que diferenças encontras entre o movimento nessa década e agora?

Realmente desconheço bastante o movimento tanto naquela altura como agora. Só através de pessoas que defendem esta teoria conheci a sua existência.

Como neofalante, que mensagem transmitirias às pessoas que gostavam mas nom se acabam de lançar a falar a nossa língua?

Acho que é bastante dificil; tenho umha amiga de Madrid que leva em Vigo muitos anos. Quando se decidiu a aprender e falar galego, a gente ria-se dela pola pronúncia, polos erros. Se um inglês aprende galego e fala mal tem muito mérito, mas se é um de Madrid ou de Vigo, rim dela. A mensagem deve ser que temos que dignificar o facto de falarmos a nossa língua, porque é nossa, ainda que nom a falemos, forma parte da nossa identidade. Que o galego tome as ruas, as cozinhas, as lojas, o cinema, o teatro… aprendamos e falemos galego!!!

Que visom tinhas da AGAL, que te motivou a te associar e que esperas da associaçom?

Sei da existência da AGAL hai muitos anos mas realmente nom sei mui bem que é o que faz. Esta é a razom pola qual me associei, para conhecê-la, aprender… saber mais.

Como gostarias que fosse a “fotografia linguística” da Galiza em 2020?

Que toda a gente amasse a nossa língua, a falasse, a defendesse como uma sinal de identidade, de comunidade, sem complexos.

Conhecendo Luísa Cuevas Raposo

  • Um sítio web: http://info.nodo50.org/ ou http://cubainformacion.tv/
  • Um invento: Os sapatos
  • Uma música: A Internacional
  • Um livro: O ensaio sobre a cegueira (porque foi o primeiro livro que li em português, e gostei)
  • Um facto histórico: A revoluçom de outubro
  • Um prato na mesa: Polvo com patacas
  • Um desporto: Caminhada
  • Um filme: O Couraçado Potenkim
  • Umha maravilha: As pessoas quando som capazes de se  juntarem para um bem comum
  • Além de galega: Internacionalista

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